Horizonte de Eventos – Introdução

Olá! Meu nome é Joaquim Pixito, sou de Recife, Pernambuco, e narro uma campanha de Starfinder pela internet para uns velhos amigos cujo o título é “Horizonte de Eventos”. Ela é transmitida ao vivo pelo canal do Twitch e fica disponível posteriormente numa playlist do YouTube.

A convite do Melgalian, tornei-me colaborador do blog e irei postar os vídeos/áudios das sessões junto com comentários de bastidores a seu respeito. Acredito, com isso, estar inaugurando uma nova modalidade de (des)ocupação bosta na internet: a de comentarista de jogos ruins de rpg. É algo que faço de maneira totalmente despretensiosa e relapsa, mas pelo menos me leva a um exercício de autoanálise e avaliação que considero bastante salutar.

Porém fica aqui o aviso (e repetirei ele a cada postagem para os desavisados):

ATENÇÃO! Esse conteúdo é feito de maneira amadora, por gente totalmente despreparada e desinteressada em apresentar entretenimento de qualidade. O equipamento é precário, a conexão é instável, o microfone é estourado, o áudio é cheio de ruídos, a trilha sonora é roubada e repetitiva e o vídeo sequer passa pelo mínimo de edição. As pessoas falam palavrão o tempo todo, têm cacoetes na fala, gaguejam, têm sotaque carregado e por vezes estão dormindo, fungando ou mastigando algo.

Em suma, se está procurando profissionalismo, está no lugar errado, camarada. Vá pela sombra e cuidado com os buracos na calçada.

Todavia, se sua intenção é rir de gente inabilidosa e azarada passando vergonha, pegue o fone de ouvido, abra aquela coquinha gelada e sinta meu abraço virtual se você aguentar mais do que quinze minutos dessa ladainha.

Achei bacana.
A campanha Horizonte de Eventos

Esse jogo de Starfinder nasceu de fracassos anteriores. Eu resolvi insistir num jogo que terminou de forma desastrosa e anticlimática com outros grupos, primeiro porque gosto do sistema (d20 e seus derivados da 3.X) e paguei DUZENTAS CRUZETAS nessa desgraça; segundo porque adoro insistir nos mesmos erros de antes e esperar obter resultados diferentes. Julguem-me.

As três únicas mudanças que me permiti foram:

  • De jogadores, pois os antigos ficaram desencantados, quando não francamente ressentidos comigo. Os atuais são uma galera que já não se dá bem com a minha pessoa desde antes, que é para facilitar o processo.
  • De abordagem, por que agora não tenho nada preparado de antemão, a não ser a próxima sessão (e de forma muito precária). Além disso, os próprios jogadores construíram absolutamente tudo a respeito de seus personagens. Não sei o que esperar deles, nem o que vem a seguir.
  • De pretensão, uma vez que o objetivo não é mais contar uma boa história, é contar qualquer história, contanto que ela a) diga respeito aos personagens, b) seja do interesse dos jogadores e c) surpreenda todos os participantes.

O início da trama é quando um grupo de criminosos sobrevive a um desastre aéreo e tem uma nova chance de lidar com o seu passado repleto de problemas. O título tem a ver com a manifestação estelar de um dos personagens, um kasatha solariano, mas também se refere à sua capacidade de atrair problemas onde quer que vá, sem deles conseguir escapar.

Os Episódios Perdidos

Os mais atentos perceberão que a playlist disponibilizada da primeira temporada da campanha se inicia no episódio 04. Onde estariam os anteriores?

Deletados. Felizmente.

É que existe um limite para a esculhambação e esses episódios tinham tantos problemas técnicos que era simplesmente impossível aproveitar qualquer coisa neles.

Mas cá estou eu para dar um resumo sobre eles:

T01E01“Local de Desastre”
Os jogadores fazem seus personagens; o único requisito exigido pelo narrador é que tenham cometido um crime gravíssimo em seu histórico.
Um deles é um vesk soldado, com o tema fora da lei. Ele se associou a uma célula terrorista assim que deixou o serviço das forças armadas de seu povo. Atende pelo nome de Vezzes Zark e deseja provocar um conflito que reacenda a guerra do Veskarium contra os Mundos do Pacto.
O outro, Ushan Nubis, é um kasatha solariano sem tema. No melhor estilo Anakin Skywalker, ele foi treinado tardiamente na tradição solariana, mas seus poderes notáveis lhe valeram o papel de guarda-costa de um senador. Num terrível incidente (ainda mal explicado), ele causou a morte da pessoa que deveria proteger.
Os personagens iniciaram a história como talvez os únicos sobreviventes da queda de uma nave no planeta inóspito de Akiton. A nave transportava prisioneiros para uma arena clandestina de lutas antes de cair.
T01E02Os dois sobreviventes fazem seu caminho para fora da cratera fumegante e passam a seguir os rastros de um terceiro sobrevivente, o qual parece dirigir-se para uma coluna de luz esverdeada que se lança aos céus. Este sobrevivente, no entanto, não resiste aos perigos da região e volta-se contra os personagens como uma espécie de morto-vivo.
Por sorte, ao seguir a criatura, a dupla se afasta da cratera, que é bombardeada por caças hipersônicos de procedência desconhecida. A explosão é tamanha que o deslocamento de ar atira os personagens para a inconsciência.
T01E03Inconsciente, Vezzes rememoria o dia em que se juntou a uma célula terrorista dos Ksevesk e como lhe deram como primeira missão o atentado que explodiria o transporte dum emissário do Veskarium. A intenção era incriminar grupos de fanáticos anti-vesk, mas aparentemente o ataque foi planejado para também se livrar dos agentes terroristas! A bomba explodiu antes do tempo e Vezzes mal sobreviveu ao atentado, sendo preso logo em seguida. Essa sessão foi toda sobre um flashback.
Inspirações
  • O desastre com a nave. A noção de completa desorientação dos personagens (e dos jogadores) ao serem lançados in media res de um desastre aéreo tem total inspiração imagética em Lost, mas a ideia de criminosos que escapam da prisão num acidente com seu transporte é inspirada em Silent Hill: Downpour (assim como a perturbadora sensação de que teria sido melhor não ter escapado do desastre).
  • A coluna de luz verde. A falta de instruções explícitas, mas a sugestão do caminho vinda de uma fonte de luz brilhando na imensidão do horizonte é uma noção muito bonita que retirei do jogo Journey. Uma aula de como caminhos podem ser intuitivos e desafiadores por nada mais além de sua composição.
  • O bombardeamento do local do desastre. Não sei bem de onde tirei aquilo, porém, olhando em retrospecto, lembra-me a manobra do Residente Evil em tacar uma ogiva onde a merda virou boné a fim de encobrir os vestígios criminosos.
Próxima sessão

Os jogos costumam acontecer em noites aleatórias, sendo mais frequentes às de segunda e quinta.

Seria um prazer ter você conosco por lá, no Twitch. Não se esqueça de mandar um oi no chat, caso se sinta à vontade.

Ps. Se você chegou até aqui, por favor considere visitar a página de apoio e tornar-se, você próprio, um(a) apoiador(a) do projeto!

Publicado por jpixito

Pesqueirense. Historiador. Aikidoca. Velha dos gatos. Joga joguinhos e rola dadinhos.

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